HOPENZ
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[RP FECHADA] "What you want from me?"

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Mensagem por Erik Bjørhovde Sáb Jul 02, 2016 11:09 pm

JUNHO DE 2016, dois dias após o eventual atentado contra o Instituto Hopenz. Localização atual dada como o clube noturno dos D'Avehgruéne. Cerca de uma hora da manhã.

***

O inferno clama por seu regente. "Devolva-nos", é tudo se pode ouvir dentre as almas em agonia. Dessa forma, o reinado de um deus deverá iniciar ao lado de seu eterno amásio. Deem ao seu senhor o que lhe pertence por direito; unam os homens. Amem-se como somente a luz pode amar a escuridão.
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Mensagem por Erik Bjørhovde Ter Jul 05, 2016 3:07 am

Maldito, maldito, maldito!

"Por que não sai logo da minha mente?", questionei-me ainda em frente ao vidro. A pouca luz capaz de atravessar de janela direta ia rumo a parede oposta, a qual também possuía outra ventana, esta de modo a refletir minha imagem; dessa forma, era tão somente capaz de observar determinada parte do meu corpo.

Não demorou muito e logo percebi a presença d'água envolvendo minha face. As lágrimas iniciavam seu caminho rumo ao meu peitoral. Levei meus dois palmos contra minha cabeça. Repetitivas batidas se iniciavam em meio aos gritos. O sons eram específicos, traziam consigo a clareza da dor. Naquele momento, tinha certeza do quão perdido estava. Pouco sabia sobre mim, pouco poderia saber sobre mim.

Pouco... palavra infernal.


— AAAAAAAAAAAAH!!! — Novamente minha voz surge. Sua forma estridente realça o brado entre o som dos estraçalhar do vidro. Ali estava. Minhas mãos haviam tomado o espaço que um dia havia sido daquela janela, o sangue rapidamente coloria o ambiente bege.

***

Como é sabido, a beleza é uma propriedade singular. Cada um a possui em sua forma mais diversa, independente do corpo ou da merda de uma quantidade de melanina — a qual muitos usam para declarar como raça... pois é, agora viramos benditos cachorros. Eu, no entanto, encontrava-me completamente distante disto. O pouco que sabia do meu estado, declarava com clareza tal. Leves manchas circundavam meus olhos, minha pele morena estava completamente ausente de vivacidade, minha postura havia se esvaecido e diversos hematomas se destacavam em meio a sua cicatrização. Com toda certeza eu deveria ser a pessoa menos atraente daquele ambiente, incluindo pela vestimenta — um moletom canguru cinza, calça preta e um tênis qualquer.

Caminhei rumo ao centro do ambiente, aproximando-me do que esperava ser o bar. A quantidade de objetos decorativos em tons de azul cansava meus olhos, assim como a quantidade de informações que eu teria que absorver logo para permanecer ali.

— Uma cerveja. — pedi ao me direcionar para o bartender. Expunha totalmente meu típico jeito caipira que se negava a beber a maioria das bebidas destiladas presentes.

As faixas brancas que envolviam minha derme pareciam levemente sujas. Evitava tentar formar um curativo em nível "descente". As ataduras em minhas mãos estavam com pequenos vestígios de sangue. Eu parecia um porco e se quer entendia o porque de estar num clube noturno.
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Mensagem por Matthew Van Acker Ter Jul 05, 2016 5:56 pm

the man behind the curtain
Os desejos carnais. Se o ser humano é composto por vários erros e problemas, isso é apenas uma combinação de ambos. Cada um os satisfaz à sua maneira, outros recusam-se a tê-los. Claro que não era o meu caso — eu vivia para os satisfazer e para que estes me consumissem.

Entrava pela porta principal. Aparentava ser seguro de mim próprio e estar pronto para ser a alma da festa — afinal, prezo a minha capacidade de mentir através da minha postura. Alguns dizem que "o que acontece entre quatro paredes permanece dentro delas", e baseado nisso, a minha mente torna-se numa personificação de quatro paredes.

Trajava uma camisa preta com detalhes interiores, bem como os botões, brancos. Calças, de igual forma, pretas, e um ténis com a mesma palete de cores da camisa. Esta estaria, talvez, com um ou dois botões abertos em demasia — o que estaria perfeito para mim.

— Vamos lá... — Suspirava.

Como um predador inicia a sua caça ao observar o ambiente em redor, assim eu analisava o espaço. Aprontava-me e colocar os olhos em toda a estrutura do edifício, bem como nas pessoas que me despertavam maior interesse. Estudava os vários olhares sugestivos que recebia, apenas para selecionar aqueles mais importantes.

Um loiro, um pouco mais baixo e novo que eu. O seu cabelo desgrenhado — mas elegante —, bem como o seu olhar lúcido como duas pérolas do mar, convidava vária atenção de mulheres que o abordavam. Elas, no entanto, quando chegavam demasiado perto, acabavam por ficar desiludidas. Ele estava com vários tiques e nervosismos de alguém que já estava mais alto que Deus — caso este exista. Tentava agir calmo, mas era bem visível que ele, neste momento, estava a viver noutro mundo. A sua visão apenas tentava desviar-se da minha pessoa, e conseguiam, por poucos segundos.

Caminhei em direção daquele boneco de diversão, empurrando toda e qualquer "concorrência" pelo caminho. Com poucos centímetros a dividir o toque de nossos corpos, seguia as minhas palmas até sua bunda, puxando-o, sem cortesia nenhuma, para perto. Repugnadas, as mulheres que se dirigiam para perto afastavam-se, e permanecíamos "sozinhos" agora.
— Você não acha que garotos como você deviam ter mais cuidado com o que ingerem? — A minha voz saía calma e profunda. Atiçava-o à medida que falava e aproximava nossos rostos.

Ele, de certeza, que nunca havia sido abordado por outros homens — o que realmente lhe interessaria. Estava estático, mas a tentar entrar na "brincadeira". Não tinha qualquer capacidade para flertar, afinal, tentava de forma instantânea colar nossos lábios para um beijo. Mais rápido que ele, por ter lido sua... Digo, seus olhos, elevo a minha mão direita e separo nossas faces com o dedo indicador.

— Mais devagar, jovem... — O meu tom estava ligeiramente mais sério, dirigindo-me àquele que aparentava ter apenas dezasseis anos.

Ele acatava e engolia a seco. A vergonha que teria passado naquele segundo devia ser demasiado forte ao ponto que fechou os olhos e esperou pelo melhor. Isso, ou a droga que ele havia consumido estava a bater cada vez mais forte.

Eu continuaria na minha "dissecação" daquele adolescente até colocar os olhos noutro indivíduo. Este não me era estranho, eu já o havia visto antes. Estava paralisado, não por interesse no seu corpo como normalmente, mas pela recordação que me havia trazido... E só tinham passado dois dias.

"É ele..." Ignorava por completo aquele loiro que, até há dois segundos atrás, era o foco da minha atenção. Peguei no seu corpo e afastei-o para o lado, afinal, estaria de costas para o bar. E era para lá que eu agora me dirigia.

O homem sentava-se num dos bancos e expunha o seu desejo ao bartender que decidira servi-lo. Aproximei-me mais um pouco e tentava controlar a raiva que tinha dentro. Raiva, e tudo mais o que sentia, como aquele medo e receio de me reencontrar com ele. Segui para a cadeira à sua direita e dirigi meu olhar para o empregado que estaria a ouvir o seu pedido.

— E um gin tónico para mim. —
Esboçava um sorriso aproveitador e sádico enquanto mencionava o meu pedido sem nenhuma educação ou respeito.

Talvez fosse pelo seu aspecto mundano e desgastado, mas ele não tinha aquela aura intimidadora que, a início, eu pensava ver. Várias ataduras cercavam, principalmente, suas mãos, com uma presença indubitável de sangue seco. O cheiro que transmitia, mesmo que subtil, era notável. Ele estava uma lástima.

— Karma é uma merda, não é... — Rodava o meu banco até que ficava de frente ao homem que, provavelmente, não se lembraria da minha cara.

Colocava o meu cotovelo direito sobre a mesa do  bar, e iria apoiar a minha cabeça sobre a mão, enquanto dirigia o olhar para o seu rosto. Analisava cada feição e, à medida que o fazia, tinha mais certezas que ele era o homem que teria atacado aqueles que, como eu, estavam presentes no instituto no dia do ataque. E, de alguma forma, havia cancelado os poderes de todos, mesmo que temporariamente. Ao recordar-me deste detalhe com mais especificidade... Bem, talvez eu estava certo em temê-lo. Mas era por isso mesmo que eu estaria tão... Intrigado.
"if you're brave enough to love the ones you hate the hardest"
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