[RP FECHADA] — I wanna see you take it off ★ ☽

— Olha por onde anda, otário! —  Gritei para o maldito que quase esmagou meus dedos do pé direito, empurrando-o sem sequer pensar nas consequências que poderiam ser geradas. Eu queria muito que ele tropeçasse e caísse de cara no chão. Ah, e se alguma vadia de salto alto pisasse na cara dele seria melhor ainda, talvez assim ele aprendesse a não pisar no meu pé.

Aquele lugar estava lotado. Tinha gente de todo tipo ali: normal, estranha, feia, bonita. Aquilo pouco me importava, eu só estava interessada em um bom drink e alguma droga que prestasse, mas até o tal momento, nem sinal dos folks. — Puta que pariu. — Resmunguei, colidindo meu ombro com quem quer que estivesse atrapalhando o meu caminho até o bar. Eu podia escutar os atingidos reclamando e me chamando de mal educada, mas sabe o que eles mereciam? Um dedo do meio bem lindo.

Em questão de segundos eu já estava apoiada sobre a bancada do bar. Meus cotovelos firmavam o peso de meu corpo e meus braços comprimiam o meu busto, tornando meus seios mais notáveis em meio ao decote em "v" que eu usava. Balancei os ombros e fitei diretamente os olhos do barman, mordiscando o meu próprio lábio inferior e indicando o drink que eu queria. — Me dá um Dry Martini, e rápido, por favor. — Disse em tom arrogante ao perceber que o idiota já estava olhando para os meus peitos. Por que diabos homens precisam ser sempre tão desesperados assim? — Ah, e limpa aqui, vai sujar o chão todo. — Dei risada, gesticulando como se estivesse limpando o canto de meus lábios.

Girei sobre meu próprio eixo ao perceber que o rapaz estava totalmente constrangido, e que logo começou a fazer o que eu havia pedido. Continuei apoiada sobre a bancada e deixei que meus olhos fizessem uma análise daquele estabelecimento, talvez alguém interessante o bastante estivesse por ali. Meus pés colidiam-se contra o chão sobre os coturnos de acordo com a batida da música. Semicerrei os olhos para que avistasse algo, mas não havia nada. — Porra, só gente estranha. — Retornei a minha primeira posição, pegando o meu Martini que me esperava sobre o balcão. O homem perguntava-me sobre o pagamento e eu sorri. — Não acha que a visão que teve já foi o suficiente não? — Arquei uma das sobrancelhas e dei as costas para ele, andando em direção à multidão.

"Pobres humanos" Revirei os olhos, bufando, irritada com as cenas que me eram apresentadas em meio à multidão. Existia daqueles meninos ridículos que se aproximavam e já agarravam seus alvos, bem como, os idiotas que nem sabiam dançar e tentavam impressionar as moças por ali. Aquilo era mais motivo de risada do que de despertar alguma atração. Chegava a ser engraçada a falta de criatividade que aqueles caras tinham de chegar em alguém, eu bem que podia ensinar alguma coisinha para eles, mas resolvi apenas observar. De fato, seria mais produtivo do que perder tempo com hormônios à flor da pele.

Ergui a mão direita que envolvia a taça preenchida com o meu querido Martini, guiando a ponta do canudo até meu lábio inferior. Fechei os olhos, e permiti que o líquido adentrasse em minha boca, estimulando o trabalho de meu paladar, que, por sinal, estava muito satisfeito com o que sentia. "Pelo menos uma coisa que preste esse garçom sabe fazer" Aprisionei a extensão do canudo entre meu indicador e o polegar, movendo-o de cima para baixo para agitar o líquido enquanto encarava um carinha que me olhava do outro lado da pista de dança.

Meus olhos semicerravam-se e meus dentes envolviam o meu lábio inferior à medida que eu o fitava. Meu indicador esquerdo se flexionava em um gesto para chamá-lo. Por dentro eu estava rindo, porque mesmo sendo bonitinho, aquele cara não tinha a menor chance comigo. O que eu estava prestes a fazer seria bem engraçado e aquilo me divertia de um modo incrivelmente agradável.

Conforme o outro se aproximava eu podia perceber que suas mãos vinham em direção à minha cintura e, antes mesmo de ser tocada por ele o fiz parar, apoiando o mesmo indicador que o chamava em seu peito. — Calma aí, bonitinho. Segura isto aqui. — Ergui sua mão e coloquei o drink em meio aos seus dedos. Logo, levei minhas mãos à jaqueta negra que eu vestia, deslizando-a para que abolisse o contato com o meu corpo, deixando minha pele desnuda e coberta apenas por uma camiseta simples e branca, decorada por um colar étnico. — Segura isso aqui também. — Joguei a jaqueta para ele e movi meus fios de cabelo para prendê-los em um rabo de cavalo. — Argh, tava muito calor. — Peguei o drink de sua mão e sorri para ele, vendo que este já se aproximava novamente. — Obrigada, era só isso mesmo. — Dei as costas, colidindo meu cabelo contra a face do desconhecido. — E, ah. Não perca a minha jaqueta. — Pisquei, dando risada.

Todos os pelos de meu corpo eriçaram-se involuntariamente. Meus olhos se fecharam e os lábios se entreabriram em automático. Mas que porra! Quem quer que estivesse ali, atrás de mim, estava conseguindo algo muito difícil de se conseguir: me impressionar. Sua voz em meu ouvido prolongava o tempo em que meus pelos passavam "de pé", e o seu toque, bom, nada a declarar. — Quem você pensa que é?! — Estava de volta à minha realidade, consciente de que não poderia permitir aquilo. Girei sobre meu próprio eixo em uma velocidade incomum, já estando preparada para bater a palma da minha mão no rostinho daquele abusado.

— Olha aqui, menino, se eu quisesse mudar o meu humor eu contratava um palhaço. — Resmunguei, franzindo o cenho e as sobrancelhas, com uma cara nada boa. — Aliás, acho que eu te conheço de algum lugar. — Passei alguns segundos pensativa, relembrando aquele ser, que por sinal até que era bonitinho. — Ah! Foi você que pisou no meu pé. — Semicerrei os olhos, empurrando-o com a mão esquerda. — Idiota. — Virei de costas para ele e revirei os olhos, cruzando meus braços e continuando ali, onde eu estava, em sua frente.